Variação linguística
histórica
histórica
geográfica
social
social
estilística
situacional
A variação de uma língua
é o modo pelo qual ela se diferencia, sistemática e coerentemente, de acordo
com o contexto histórico, geográfico e sócio-cultural
no qual os falantes dessa língua se manifestam verbalmente. É o conjunto das
diferenças de realização linguística - falada ou escrita - pelos locutores de
uma mesma língua. Tais diferenças decorrem do fato de o sistema linguístico não
ser unitário, mas comportar vários eixos de diferenciação: estilístico,
regional, sociocultural, ocupacional e etário. A variação e a mudança podem ocorrer em algum ou em vários dos
subsistemas constitutivos de uma língua (fonético,
morfológico,
fonológico,
sintático,
léxico
e semântico).
O conjunto dessas mudanças constitui a evolução dessa língua.
A variação é também descrita como um fenômeno pelo qual, na prática
corrente de um dado grupo social, em dada época e em dado lugar,
uma língua nunca é idêntica ao que ela é em outra época e outro lugar, na
prática de outro grupo social. O termo variação pode também ser usado como
sinônimo de variante. Existem diversos fatores de variação possíveis -
associados a aspectos geográficos e sociolinguísticos, à evolução linguística e
ao registro linguístico.
Variedade ou variante linguística se define pela forma pela qual determinada comunidade de falantes,
vinculados por relações sociais ou geográficas, usa as formas linguísticas de
uma língua natural. Refere-se a cada uma das
modalidades em que uma língua se diversifica, em virtude das possibilidades de
variação dos elementos do seu sistema (vocabulário,
pronúncia,
sintaxe)
ligadas a fatores sociais ou culturais (escolaridade, profissão, sexo, idade,
grupo social etc.) e geográficos (tais como o português do Brasil, o português
de Portugal, os falares regionais etc.).
Tipo
de variação
Variação histórica: acontece ao longo de um determinado período de tempo e pode ser
identificada ao serem comparados dois estados de uma língua. O processo de
mudança é gradual: uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de
falantes passa a ser adotada por indivíduos socioeconomicamente mais
expressivos. A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas,
período em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova variante
torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo uso, na modalidade
escrita. As mudanças podem ser de grafia ou de significado.
Variação geográfica: refere-se a diferentes formas
de pronúncia, às diferenças de vocabulário e de estrutura sintática entre
regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades linguísticas
menores, em torno de centros polarizadores da cultura, da política e da
economia, que acabam por definir os padrões lingüísticos utilizados na região
sob sua influência. As diferenças linguísticas entre as regiões são graduais,
nem sempre coincidindo com as fronteiras geográficas.
Variação social: agrupa alguns fatores de diversidade: o nível
socioeconômico, o grau de educação, a idade e o gênero do indivíduo. A variação social não
compromete a compreensão entre indivíduos, como poderia acontecer na variação
regional. O uso de certas variantes pode indicar qual o nível socioeconômico de
uma pessoa, e há a possibilidade de que alguém, oriundo de um grupo menos
favorecido, venha a atingir o padrão de maior prestígio.
Variação estilística: refere-se às diferentes circunstâncias de
comunicação em que se coloca um mesmo indivíduo: o ambiente em que se encontra
(familiar ou profissional, por exemplo) o tipo de assunto tratado e quem são os
receptores. Sem levar em conta as graduações intermediárias, é possível
identificar dois limites extremos de estilo: o informal, quando há um mínimo de
reflexão do indivíduo sobre as normas linguísticas, utilizado nas conversações
imediatas do cotidiano; e o formal, em que o grau de reflexão é máximo,
utilizado em conversações que não são do dia-a-dia e cujo conteúdo é mais
elaborado e complexo. Não se deve confundir o estilo formal e informal com língua escrita e falada,
pois os dois estilos ocorrem em ambas as formas de comunicação.
Variedades situacionais: incluem as modificações na linguagem
decorrentes do grau de formalidade da situação ou das circunstâncias em que se
encontra o falante. Esse grau de formalidade afeta o grau de observância das
regras, normas e costumes na comunicação linguística.
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Níveis de linguagem
nível culto
nível coloquial
nível culto
nível coloquial
gíria
nível vulgar
nível regional
nível literário
nível técnico
estrangeirismos ou empréstimos
* arcaísmos
*neologismo
nível literário
nível técnico
estrangeirismos ou empréstimos
* arcaísmos
*neologismo
A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens,
para se comunicar.
Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja,
duas línguas funcionais:
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou
língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta,
forma linguística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma
sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação
de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios,
etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à
sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário;
2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua
cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria
e no calão.
A linguagem culta ou padrão
É aquela ensinada nas
escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com terminologia
especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e
caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na
linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais
artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científicas, noticiários
de TV, programas culturais etc.
A linguagem popular ou
coloquial
É aquela usada
espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma
gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência
e concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade;
cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela
coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem
popular está presente nas mais diversas situações: conversas familiares ou
entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV (sobretudo os
de auditório), novelas, expressão dos estados emocionais etc.
Gíria
Segundo Mattoso Câmara
Júnior, “estilo literário e gíria são, em verdade, dois polos da Estilística,
pois gíria não é a linguagem popular, como pensam alguns, mas apenas um estilo
que se integra à língua popular”. Tanto que nem todas as pessoas que se
exprimem através da linguagem popular usam gíria.
A gíria relaciona-se ao
cotidiano de certos grupos sociais “que vivem à margem das classes dominantes:
os estudantes, esportistas, prostitutas, ladrões” Eles a usam como arma de
defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam a gíria como meio de
expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo
próprio grupo.
Assim a gíria é criada por
determinados segmentos da comunidade social que divulgam o palavreado para
outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de massa, como a
televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos, às vezes, também inventam
alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial,
permanecer no vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.
Primeiro, ela pinta como
quem não quer nada. Chega na moral, dando uma de Migué, e acaba caindo na boca
do povo. Depois desba ratina, vira lero-lero, sai de fininho e some. Mas, às
vêzes, volta arrebentando, sem o menor aviso. Afinal, qual é a da gíria?
(Cássio Schubsky, Superinteressante)
(Cássio Schubsky, Superinteressante)
Linguagem
vulgar
Existe uma linguagem
vulgar, segundo Dino Preti, “ligada aos grupos extremamente incultos, aos
analfabetos”, aos que têm pouco ou nenhum contato com centros civilizados. Na
linguagem vulgar multiplicam-se estruturas com “nóis vai, ele fica”, “eu di um
beijo nela”, “Vamo i no mercado”.
Linguagem regional
Regionalismos ou falares
locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto às construções
gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista
fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano,
fluminense, mineiro, sulino.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Varia%C3%A7%C3%A3o_(lingu%C3%ADstica)
http://portuguesessencialparaconcursos.blogspot.com.br/2007/11/funes-da-linguagem-variao-lingstica.html
http://www.coladaweb.com/redacao/niveis-da-linguagem
http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/44738/ (música)
http://www.youtube.com/watch?v=WvnXZCZ1dzI&feature=related
/ Definição
http://www.youtube.com/watch?v=bSoZKsDgoaM Música/ Teatro Mágico